Ao longo da evolução do Windows a Microsoft sempre se acomodou em
relação ao consumo de memória, sempre contanto que os PCs da geração
seguinte trariam mais memória RAM e assim adicionando serviços e camadas
adicionais a cada nova versão do Windows, tornando o sistema cada vez
mais inchado. Entretanto, com o aparecimento dos netbooks e agora dos
tablets essa tendência se reverteu, obrigando a Microsoft a voltar para a
prancheta e pela primeira ver se ver obrigada a projetar uma versão do
Windows com o objetivo de consumir menos memória que a antecessora.
Estas melhorias são destinadas a aliviar a pegada do sistema
principalmente nos tablets, mas ela é uma boa notícia também para os
usuários de PCs, já que um sistema mais enxuto é sempre bem-vindo.
A primeira mudança é o conceito de start on demand para serviços de
sistema, que complementa o start-delay introduzido no Windows 7. Em
resumo, qualquer sistema operacional moderno depende da execução de um
grande número de serviços, que monitoram conexões de rede, dispositivos
USB, conexões remotas e assim por diante. No Windows 7 a Microsoft
introduziu o strat-delay, que permite que serviços não essenciais sejam
iniciados no final do boot, depois que o desktop já está disponível, o
que reduz o tempo de boot, mas não faz nada em relação ao consumo de
memória. No Windows 8 a Microsoft foi forçada a adotar um sistema de
start on demand, que permite que serviços sejam iniciados em momentos
específicos, façam o que precisam fazer e depois sejam novamente
descarregados da memória. Exemplos de serviços que rodarão dentro deste
novo modo são o Windows Update e o Plug-and-Play.
Usuários do Linux podem achar estranho que a Microsoft tenha
introduzido este tipo de função apenas agora, sendo que os sistemas Unix
oferecem a função de executar tarefas e serviços sob demanda desde os
primórdios com o Cron, mas de qualquer forma, antes tarde do que nunca.
Outro componente que pode ser carregado sob demanda é a própria
interface clássica do Windows, que passa agora a rodar em um nível mais
alto, quase como um aplicativo e se torna opcional. Ao ser inicializado,
o Windows carrega apenas a interface metro, que é minimalista por
natureza e carrega o desktop clássico apenas caso configurado.
A interface Metro consome consideravelmente menos memória que o desktop
cĺássico do Windows, já que oferece um visual mais simples, baseado no
uso de atalhos e de um aplicativo de cada vez. A interface metro foi
desenvolvida com os tablets em mente, oferecendo um ambiente otimizado
para o uso por toque. Ela também pode ser usada em um desktop com
teclado e mouse, mas a experiência de uso é um pouco estranha.
Segundo a Microsoft, a interface Metro consome cerca de 23 MB de memória a menos.
Outra área que está recebendo melhorias é a organização das estruturas de dados do sistema.
Por enquanto, o Windows 8 ainda está disponível apenas como um preview,
por isso é ainda impossível medir o impacto prático destas mudanças,
tudo isso é baseado em informações prévias sobre o sistema e
alguns detalhes podem mudar até a versão final.
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